
It is dark in these stairs where we meet in our way to heaven. It is dark but I can see you clearly … You’re smiling (stupid smile) at me.
Decidi exorcizar e queimar os meus fantasmas.
“It’s like ten thousand spoons when all you need is a knife…”
É a pessoa certa na hora errada. Ok, a pessoa certa para uma determinada hora que não é esta, que não é a de agora. É estar perto e não tocar, porque foges… porque crias um espaço que não consigo saltar… porque me sorris do outro lado (e quase me dá vontade de avançar, mesmo que caia no vazio)?
E tu voltas. E mais uma vez… Esqueces que o que passou, passou. Queres voltar a viver, voltar a sentir, voltar a estar, voltar a querer, voltar a olhar. Esqueces que as coisas têm um prazo, que esse prazo acaba rápido e que depois disso só te fazem mal. Mas mesmo assim continuas, e lutas e esforças-te por fazer o tempo voltar atrás. Crente! Quando perceberes que aquilo que te digo é verdade e deres conta da tua figura de parvo vais fugir envergonhado, triste e o com o ego a zeros.
Continuo sem perceber porque é que me vinha tantas vezes quando fodia contigo. Não sei se era por me puxares o cabelo. Ou por me morderes o pescoço. Ou por antecipar o que ia acontecer quando me encostavas contra a parece. Se calhar era por ser um erro. Acho que foi a partir do momento em que soube que eras casado que passei a excitar-me mais. Estou farta de falar. Não me consigo calar e tu não dizes nada. Responde-me! Diz qualquer coisa! Fico nervosa quando não dizes nada. Não sei o que estás a pensar. Cala a minha boca com a tua. Beija-me muito, não me dês hipótese de falar. Enche-me a boca! É a última vez… (prometo a mim própria).
A música começa.
Uma mão na mão. A outra nas costas.
(o calor do teu corpo)
Olho-te nos olhos e começo. Um pé… lento… desliza.
O meu movimento fica suspenso.
(a minha respiração também)
Olho-te nos olhos e puxas-me mais para ti. Avanças e eu deslizo contigo.
(pergunto-me se estaremos a voar)
Roço a minha perna na tua.
Passos pequenos e rápidos.
Passos largos e lentos.
Afasto-te. Avanço. Ficas para trás… vens atrás de mim. Viras-me para ti.
(já te disse que gosto da tua cara de mau?)
Afasto-te outra vez.
(mas tu sabes que o meu não significa sim)
Estendo-te a mão, sem olhar. Puxas-me. Rodopio e caio de novo nos teus braços.
Ponho a mão no teu pescoço e a minha perna em redor das tuas.
(e tu agarra-la)
Respiro fundo. A música termina.
Faz-me um filho. Agora, antes que eu diga que não...
Aquele que eu não quero ter e tu não queres saber se existe...
Faz-mo assim, de repente. Não te preocupes com o prazer ou o tempo que demora.
Faz-me um filho antes que o meu corpo o recuse ou não o saiba parir.
(antes que gastes tudo o que tens com as outras e os restos que fiquem não cheguem)
Ainda vamos a tempo…
É um jogo que quero ganhar e dominar. Uma luta onde quase tudo é permitido. Um combate onde por vezes perdemos de propósito, onde fingimos perder pelo prazer que isso nos dá. Uma batalha onde os beijos são tiros disfarçados e os murros são abraços apertados. Um duelo de forças e desejos. Uma briga de afectos, por te querer demais e pelo mal que me fazes. Uma guerra sem datas marcadas nem posições definidas.
Don’t do that. Don’t. Please. Come back here. You know what I need, what I want. To see your eyes… Touch your skin… Please. Please! Do it. Come here and do it. Come here as fast as you can. Run to me… run into me. Do it slowly… slow… and if it’s getting to be stronger than you, hard to hold on… speed it up… keep it fast… just stop when you’re completely done… cum… Huummmm