sábado

A gente vai continuar



Nunca voltes ao lugar
Onde já foste feliz
Por muito que o coração diga
Não faças o que ele diz

Nunca mais voltes à casa
Onde ardeste de paixão
Só encontrarás erva rasa
Por entre as lajes do chão

Nada do que por lá vires
Será como no passado
Não queiras reacender
Um lume já apagado

São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez

Por grande a tentação
Que te crie a saudade
Não mates a recordação
Que lembra a felicidade

Nunca voltes ao lugar
Onde o arco-íris se pôs
Só encontrarás a cinza
Que dá na garganta nós

São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez

("As Regras da Sensatez", Rui Veloso)



Um comentário:

Sophia disse...

Cada vez que tentamos persuadir-nos a não errar o caminho, a não voltar atrás no espaço e no tempo... cada vez que nos pomos à prova com algo novo e pensamos no nosso algo velho... é o caos, do mais abismal e entranhado caos que alguma vez se imaginou... mesmo que estejamos a rir-nos pseudo-alegremente...