E tu voltas. E mais uma vez… Esqueces que o que passou, passou. Queres voltar a viver, voltar a sentir, voltar a estar, voltar a querer, voltar a olhar. Esqueces que as coisas têm um prazo, que esse prazo acaba rápido e que depois disso só te fazem mal. Mas mesmo assim continuas, e lutas e esforças-te por fazer o tempo voltar atrás. Crente! Quando perceberes que aquilo que te digo é verdade e deres conta da tua figura de parvo vais fugir envergonhado, triste e o com o ego a zeros.
segunda-feira
One more time
Big girls don't cry
Continuo sem perceber porque é que me vinha tantas vezes quando fodia contigo. Não sei se era por me puxares o cabelo. Ou por me morderes o pescoço. Ou por antecipar o que ia acontecer quando me encostavas contra a parece. Se calhar era por ser um erro. Acho que foi a partir do momento em que soube que eras casado que passei a excitar-me mais. Estou farta de falar. Não me consigo calar e tu não dizes nada. Responde-me! Diz qualquer coisa! Fico nervosa quando não dizes nada. Não sei o que estás a pensar. Cala a minha boca com a tua. Beija-me muito, não me dês hipótese de falar. Enche-me a boca! É a última vez… (prometo a mim própria).
Mi confesion
A música começa.
Uma mão na mão. A outra nas costas.
(o calor do teu corpo)
Olho-te nos olhos e começo. Um pé… lento… desliza.
O meu movimento fica suspenso.
(a minha respiração também)
Olho-te nos olhos e puxas-me mais para ti. Avanças e eu deslizo contigo.
(pergunto-me se estaremos a voar)
Roço a minha perna na tua.
Passos pequenos e rápidos.
Passos largos e lentos.
Afasto-te. Avanço. Ficas para trás… vens atrás de mim. Viras-me para ti.
(já te disse que gosto da tua cara de mau?)
Afasto-te outra vez.
(mas tu sabes que o meu não significa sim)
Estendo-te a mão, sem olhar. Puxas-me. Rodopio e caio de novo nos teus braços.
Ponho a mão no teu pescoço e a minha perna em redor das tuas.
(e tu agarra-la)
Respiro fundo. A música termina.